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Futuro do Esporte Olímpico no Brasil Depende de Maior Investimento em Novos Talentos

  • novembro 29, 2024
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Futuro do Esporte Olímpico no Brasil Depende de Maior Investimento em Novos Talentos

O Brasil tem mostrado progresso significativo no esporte olímpico, conquistando seus melhores resultados nas últimas edições dos Jogos, em Tóquio e Paris. Esse avanço reflete melhorias nas estruturas de treinamento e no suporte aos atletas, além do crescente interesse de empresas no patrocínio esportivo. Porém, especialistas alertam: sem a renovação constante de talentos, o país pode enfrentar um declínio no desempenho esportivo.

Apoio à Base é Fundamental para a Formação de Atletas
Programas de incentivo, como a Lei de Incentivo ao Esporte e o Bolsa Atleta, têm sido essenciais para manter o esporte competitivo no país. Recentemente, um novo patrocínio da Caixa e das Loterias da Caixa destinou R$ 160 milhões ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), com foco em alto rendimento e desenvolvimento até os Jogos de Los Angeles 2028.

Apesar dessas iniciativas, a presidente do Instituto Sou do Esporte, Fabiana Bentes, destaca que a verdadeira transformação depende do investimento na base. “Se não trouxermos crianças e jovens para o esporte, não haverá futuro. Não basta ter estrutura, é preciso oferecer acesso e oportunidades para que essas crianças descubram o esporte e sonhem em ser atletas”, explica.

Desafios na Inclusão de Crianças e Jovens
Fabiana aponta que a maior barreira está no acesso às modalidades esportivas, especialmente em áreas vulneráveis. Ela defende uma abordagem integrada, com programas educacionais e esportivos que envolvam governos municipais, estaduais e federal. “É imprescindível massificar o esporte nas comunidades e escolas, permitindo que todas as crianças tenham contato com diversas modalidades. Sem isso, perdemos talentos em potencial.”

Potencial Desperdiçado
Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil é um celeiro natural de talentos. Porém, a falta de políticas públicas consistentes faz com que apenas atletas fora da curva, como Rebeca Andrade, Gabriel Medina ou Joaquim Cruz, alcancem o topo. “Deveríamos ter dezenas de atletas de ponta em cada modalidade. Estamos perdendo um potencial imenso por não investir adequadamente na formação de base”, lamenta Fabiana.

Embora o esporte olímpico brasileiro tenha muito a comemorar, o caminho para um futuro mais sustentável passa pela construção de uma base sólida que permita a descoberta e o desenvolvimento de novos talentos. É um esforço que exige união entre poder público, iniciativa privada e sociedade.

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